O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara analisa em reunião nesta quarta-feira o parecer preliminar do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) à representação do Psol contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O Psol acusa Bolsonaro de quebra de decoro parlamentar por supostamente ter agredido o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) no dia 23 de setembro, durante visita de parlamentares ligados à Comissão Nacional da Verdade ao antigo Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), no Rio de Janeiro. As informações são da Agência Câmara.
Na ocasião, um tumulto começou quando Bolsonaro, que não fazia parte da comitiva da Subcomissão Mista da Verdade, Memória e Justiça e tem ponto de vista divergente daquele defendido pela Comissão da Verdade, chegou ao local. Segundo relatou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), a confusão teve início quando Bolsonaro tentou forçar a passagem, no portão do quartel, e foi impedido de entrar pelos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (Psol-AP).
Na discussão, Randolfe afirmou ter sido agredido com um soco no estômago por Bolsonaro. O parlamentar do PP, por sua vez, criticou a tentativa dos senadores de barrarem sua entrada no quartel e negou que tenha dado um soco em Randolfe. O deputado admitiu, porém, que, durante a confusão, deu um empurrão no senador. “O primeiro agredido fui eu. Quem são eles para impedirem um deputado, um integrante da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (da Câmara), de entrar no quartel?”, questionou. Quanto à representação do Psol, Bolsonaro disse que Randolfe “está tentando se vitimizar”.