Corte de ministérios e fim do home office: quais foram as primeiras medidas de Javier Milei

Nesta segunda, 11, presidente argentino fez a primeira reunião com os seus ministros, e anunciou uma série de ações

12 dez 2023 - 12h23
(atualizado às 12h44)
Javier Milei durante cerimônia de posse da presidência da Argentina no dia 10 de dezembro de 2023
Javier Milei durante cerimônia de posse da presidência da Argentina no dia 10 de dezembro de 2023
Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou uma série de medidas na área econômica em seu primeiro dia no cargo. Entre as ações, estão o fim do home office no funcionalismo público e uma revisão minuciosa nos cargos e contratos do governo.

Na segunda-feira, 11, Milei realizou a primeira reunião com seus 9 ministros, após ter assumido o cargo no domingo, 10. Durante o encontro na Casa Rosada, a sede do governo argentino, Milei instruiu os ministros a implementarem uma política de trabalho totalmente presencial para todos os membros de suas respectivas pastas.

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Na reunião, também foi determinada a realização de um "inventário geral" dos recursos físicos e estruturais, além dos servidores do Estado. Conforme anunciado pelo porta-voz, Manuel Adorni, todos os "contratados militantes" de gestões anteriores serão desligados. 

De acordo com a imprensa local, as medidas geraram apreensão no país, devido a receios de demissões em larga escala e destituições de funcionários no serviço público. 

Outras medidas 

Ainda no domingo, Javier Milei assinou o primeiro decreto de sua administração, no qual reduziu o número de ministérios no país para 9, a metade do governo anterior, do ex-presidente Alberto Fernández. Milei argumentou que essa ação é o primeiro passo para reduzir os gastos públicos, uma das principais propostas de seu governo.

Veja como fica a estrutura de governo:

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  • Ministério de Interior;
  • Ministério de Relações Exteriores;
  • Ministério de Comercio Internacional e Culto;
  • Ministério da Defesa;
  • Ministério da Economia;
  • Ministério de Infraestrutura;
  • Ministério da Justiça;
  • Ministério de Segurança;
  • Ministério da Saúde e Capital Humano.

No discurso de posse, Milei enfatizou que a situação provavelmente se agravará antes que as primeiras medidas apresentem resultados. Ele reiterou a falta de recursos do governo, declarando: "Lamentavelmente, tenho que dizer, 'no hay plata'". Em tradução livre para o português, a expressão quer dizer "não tenho dinheiro".

"Isso impactará de modo negativo a atividade, o emprego, a quantidade de pobres e indigentes. Haverá estagflação [situação em que há estagnação da economia e inflação alta], mas é algo muito diferente do que tivemos nos últimos 12 anos. Será o último gole amargo para começar a reconstruir a Argentina", disse.

Fonte: Redação Terra
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