O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, disse à CPI da Covid no Senado que o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, participou de reunião no Palácio do Planalto com representantes da farmacêutica e o então secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten.
A informação reforça tese em estudo por integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), segundo a qual o presidente Jair Bolsonaro receberia um aconselhamento paralelo em relação à gestão da pandemia.
Murillo havia sido questionado sobre os integrantes do encontro pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), mas não pôde responder de imediato. Já transcorrido algum tempo de seu depoimento à comissão, pediu permissão para fazer o esclarecimento e fornecer as informações, repassadas pela diretora Jurídica da Pfizer Shirley Meschke.
Segundo Murillo, a diretora Jurídica da Pfizer e a gerente de relações governamentais da empresa Eliza Samartini reuniram-se com Wajngarten para tratar dos entraves jurídicos. Também participaram funcionários da Secom.
Após uma hora de reunião, segundo relato repassado pela diretora jurídica da Pfizer, Wajngarten teria recebido uma ligação e saído da sala. Ele retornou à reunião, e alguns minutos depois entraram o vereador Carlos Bolsonaro e Filipe Martins, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência.
Wajngarten explicou o que havia sido discutido na reunião e os esclarecimentos prestados pela Pfizer. Carlos deixou a sala e Filipe ainda teria permanecido.
Em outra frente de perguntas, Murillo negou que alguém da empresa tenha estabelecido contato com o advogado Frederick Wassef, ligado à família Bolsonaro.
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