A CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira o plano de trabalho do relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), com acordo para que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco seja o primeiro a depor na comissão. A CPI também decidiu contratar a empresa americana Kroll, especializada em recuperação de ativos financeiros.
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Em depoimento de delação premiada, Barusco estimou que o Partido dos Trabalhadores (PT) recebeu até US$ 200 milhões de propina por intermédio do tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto. O depoimento dele também pode ser benéfico ao PT, já que o ex-gerente disse ter começado a receber propinas da empresa holandesa SBM Offshore em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
A CPI vai se concentrar no período entre 2005 e 2015, durante os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Sem conseguir ampliar o escopo da investigação até 1997, petistas acreditam que poderão investigar a gestão tucana a partir do depoimento de Barusco.
Deputados batem boca na CPI da Petrobras
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O início dos trabalhos com a oitiva do ex-gerente não estava previsto no plano de trabalho de Luiz Sérgio, mas a inversão foi acordada entre os deputados presentes. O ex-gerente, que está em prisão domiciliar, depende de autorização judicial para ir à CPI. A ideia é que ele deponha na próxima terça-feira.
Sérgio pediu para ouvir os ex-presidentes da Petrobras Sérgio Gabrielli e Graça Foster, que foram ao Congresso em diferentes ocasiões no ano passado. Também serão ouvidos o doleiro Alberto Youssef e os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque.
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Kroll
A contratação da empresa Kroll foi solicitada pelo presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O relator da CPI elogiou a iniciativa.
“Essa CPI tem um dado novo, que é o grande número de pessoas com contas em paraísos fiscais. Diante do espanto que foi todos nós verificarmos pessoas devolvendo US$ 96 milhões de dólares de forma espontânea, acredito que uma assessoria nesta área é importante”, disse o deputado, após a reunião.
A CPI terá pelo pelos quatro sub-relatorias, criadas nesta quinta-feira por determinação de Hugo Motta. A decisão provocou confusão e bate-boca entre os deputados. A comissão pode ganhar outros quatro sub-relatores, já que Luiz Sérgio requisitou dois auxiliares e o deputado Julio Delgado (PSB-MG) defendeu a criação de outras duas.
O relator acredita que muitos sub-relatores podem atrapalhar. “Bolo que muita gente mexe acaba solado”, brincou.
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Foto tirada da sede da Petrobras em 2010, no Rio de Janeiro. A empresa está no centro de um escândalo de corrupção investigado desde 2014
Foto: Bruno Domingos
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"Lava Jato" refere-se ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas
Foto: Polícia Federal
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O presidente da empreiteira OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, preso ao ser deflagrada a Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF)
Foto: Marcos Bezerra
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O doleiro Alberto Youssef e os Executivos da Empresa OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira, Agenor Franco Magalhães e Mateus Coutinho de Sá Oliveirapreso da Operação Lava Jato que está detido na sede da Policia Federal em Curitiba, PR, sai para depor na sede da Justiça Federal
Foto: Vagner Rosario
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Após prestar depoimento, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo
Foto: Renato Ribeiro Silva
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Venina Velosa deu seu depoimento à Justiça nesta sexta-feira para operação Lava Jato
Foto: Twitter
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O procurador da República, Carlos Fernando dos Santos Lima (à esq.), os delegado Igor de Paula e Marcio Anselmo e o superintendente regional da PF Rosalvo Franco durante coletiva de imprensa na sede da PF, em Curitiba, sobre a nona fase da Operação Lava Jato
Foto: Vagner Rosario
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Depoimentos ocorreram nesta segunda-feira, em Curitiba (PR)
Foto: Roger Pereira
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O procurador Rodrigo Janot concede coletiva a imprensa no Hotel Mabu, em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (11), sobre os indiciados na Operação Lava Jato. São em torno de 20 nomes que serão apresentados pelo MPF ao Juiz Sergio Moro
Foto: Vagner Rosario
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Lava Jato: foragido, Adarico Negromonte se entrega a PF
Foto: Roger Pereira
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Não há provas de que o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Consenza, tenha envolvimento com o esquema de pagamento de propina na Petrobras
Foto: Wilson Dias
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Juiz Federal do Paraná, Sérgio Moro, investiga o caso
Foto: Divulgação
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O deputado federal, André Vargas, teve mandato cassado por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro
Foto: Gustavo Lima
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Apontado como um dos chefes da quadrilha, o dono de um dos maiores postos de combustíveis da área central de Brasília, próximo à Torre de TV - onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio - foi preso
Foto: Polícia Federal
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O grupo investigado seria responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos
Foto: Polícia Federal
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João Gualberto Pereira Neto se apresenta voluntariamente na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) - ele veio dos Estados Unidos para Curitiba, para depor sobre o esquema de corrupção de licitação e obras da Petrobras, descoberto na Operação Lava Jato da Polícia Federal
Foto: Vagner Rosario
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O prestador de serviço da Engevix, Milton Pascowitch saindo da sede da Polícia Federal, em São Paulo (SP), após prestar depoimento na nona fase da operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (05).