CPI: Flávio tenta contornar fala do pai sobre 'gripezinha'

Senador afirmou que o presidente Bolsonaro se referia a experiência própria com a doença

18 mai 2021 - 17h37
(atualizado às 17h47)
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) compareceu ao depoimento do ex-chanceler Ernesto Araújo à CPI da Covid para tentar fazer uma defesa do pai, Jair Bolsonaro, na condução do enfrentamento à pandemia.

Prestando solidariedade a famílias enlutadas e destacando o número de recuperados, Flávio buscou contornar a declaração polêmica de Bolsonaro, que classificou a covid-19 como uma 'gripezinha', e afirmou que a CPI tenta "antecipar" 2022, em alusão a disputa eleitoral do próximo ano.

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"Não leve a mal (Ernesto Araújo), algumas pessoas que vem se manifestar, porque alguns ainda não aceitaram resultados das urnas", disse Flávio, o último senador a falar na CPI nesta terça-feira, 18, antes de a sessão ser encerrada.

"Bolsonaro foi eleito para redirecionar sim a política externa do País", continuou o senador, que utilizou uma característica frequentemente empregada para descrever o presidente, a atribuindo aos colegas da oposição.

"O que vejo aqui é um negacionismo do óbvio. Fatos estão colocados. Temos internet e meios alternativos que inviabilizam o monopólio da narrativa dos grandes veículos. O Brasil já dispõe de mecanismos para checar o que é fake news", afirmou Flávio, para quem as relações internacionais não foram comprometidas por questões ideológicas que envolvem o governo Bolsonaro.

'Gripezinha'

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Sobre as declarações do presidente, chamando a covid-19 de gripezinha, Flávio afirmou que Bolsonaro se referia a experiência própria com a doença. "Sempre disse que no caso dele especificamente as consequências seriam gripezinha", afirmou.

Uma das ocasiões em que Bolsonaro usou o termo, minimizando os efeitos da doença, foi durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, em 24 de março. Na ocasião, vinculou os sintomas à sua capacidade física.

"Discussão sobre origem do vírus tem muita água para rolar embaixo dessa ponte. Há investigações em todo o mundo. Nada está descartado ainda. Ai se demoniza quem fala que é vírus chinês, mas são as mesmas pessoas que não se incomodam em dizer que quando houve cepa imputada ao Brasil, não tem pudor em dizer que é a cepa brasileira", concluiu Flávio.

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