O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta segunda-feira, em um evento em Brasília, que a Operação Lava Jato é uma investigação “impessoal”. O chefe do Ministério Público Federal (MPF) vem sendo criticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que vê motivação pessoal na investigação da Operação Lava Jato.
“Os resultados são visíveis, porque o trabalho está sendo impessoalmente conduzido. Aqui não se busca o alvo de uma pessoa ou outra, é o esclarecimento dos fatos”, disse, ao comemorar a devolução de R$ 157 milhões à Petrobras, desviados pelo ex-gerente Pedro Barusco. Em outros momentos de sua fala, Janot defendeu o trabalho “absolutamente impessoal e profissional”.
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Na semana passada, Eduardo Cunha foi alvo de uma operação da PGR na Câmara dos Deputados, que buscou provas contra o peemedebista na Operação Lava Jato. Em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que o deputado foi autor de requerimentos para forçar a empresa Mitsui a continuar pagando propina. Ele nega.
A operação foi à Câmara dos Deputados buscar dados do registro de informática. Cunha aparece como autor dos arquivos dos requerimentos, oficialmente protocolados pela ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).
Cunha classificou a diligência como desnecessária e disse que Janot tem uma querela pessoal com ele. “É uma tentativa de procurar provas de algo que não aconteceu. São circunstâncias que mostram o desespero do procurador de tentar encontrar alguma coisa que possa tentar me incriminar”, disse Cunha.