Cunha diz que Câmara interpelará judicialmente ex-advogada

Catta Preta disse que sofreu ameaças veladas de integrantes da CPI da Petrobras

1 ago 2015 - 19h57
(atualizado às 19h57)

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou neste sábado (1º) sua conta no Twitter para informar que determinarà à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com interpelação judicial da advogada Beatriz Catta Preta, que, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, disse ter sofrido ameças de integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. “Determinarei à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial semana que vem, independentemente da CPI”, afirmou Cunha.

Eduardo Cunha é acusado por delator da Lava Jato de receber US$ 5 milhões em propina
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Foto: Agência Câmara

Ainda na rede social, Cunha explicou que a acusação da advogada atinge a Câmara e a CPI da Petrobras. “Sua acusação atinge a CPI e a Câmara dos Deputados como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso.” De acordo com Eduardo Cunha, a Mesa Diretora da Câmara tem obrigação de interpelar judicialmente a advogada Beatriz Catta Preta, de modo que ela diga que tipo de ameaça sofreu e de quem as sofreu.

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Na entrevista ao Jornal Nacional de quinta-feira (30), a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, que defendeu nove investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, explicou que deixou os casos por se sentir ameaçada e intimidada por integrantes da comissão. Ela disse ainda que fechou o escritório e abandonou a carreira após receber ameaças “veladas” de membros da CPI, que, no dia 9, votaram a favor da convocação para ela depor no colegiado.

Na TV Globo, a advogada esclareceu que a “intimidação” a ela e à família começaram depois que o empresário da Toyo Setal, Júlio Camargo, denunciou, em delação premiada, o presidente da Câmara de receber US$ 5 milhões em propina para viabilizar contratos com a Petrobras. Segundo ela, Camargo não tinha citado Cunha nos primeiros depoimentos por medo, mas que agora apresentou provas, como documentos, à Justiça.

Agência Brasil
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