Citado na lista de políticos que serão investigados por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou o Twitter para dizer que a abertura de inquérito contra ele é “piada”.
“É uma piada essa peça do procurador e causa estranheza que não tenha me pedido explicações, como aliás sempre foi praxe da PGR (Procuradoria-Geral da República)”, escreveu Cunha.
E uma piada essa peça do procurador e causa estranheza que não tenha me pedido explicações, como aliás sempre foi praxe na PGR
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
7 março 2015
O presidente da Câmara diz ainda que o pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e acatado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, contém “absurdos” e afirma que “esse inquérito foi proposto por motivações políticas”. A lista de investigados traz os nomes de 47 políticos.
"Tendo acesso à petição passo a comentar alguns fatos para contestar vários absurdos escritos (...) Os absurdos são vários, primeiro atribuir pato de terceiro sem provar, atribuir o recebimento sem provar e ainda supor que eu era beneficiário (...) O segundo grande absurdo é como atribuir o benefício de doação a comitê financeiro do partido como se fosse minha?", escreveu.
“Sabemos exatamente o jogo político que aconteceu e não dá para ficar calado sem denunciar a politização e aparelhamento da PGR”, continuou.
Em seus posts no Twitter, Cunha ainda negou que Nestor Cerveró tenha sido indicado pelo PMDB para a diretoria Internacional da Petrobras. "Coloca que Nestor Cerveró foi indicado pelo PMDB, quando todos sabem que ele era indicado do senador Delcídio Amaral (PT-MS), objeto de arquivamento", escreveu Cunha.
O presidente da Câmara também voltou a negar envolvimento com Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do esquema no PMDB. "Fernando Soares nunca representou o PMDB e nem a mim. Ele fala que representava Câmara e Senado e não fala nomes de senadores".