Cunha nega interferência em decisões da CPI da Petrobras

Presidente da Câmara negou que tenha interferido para que a CPI investigue delator que o acusa de receber propina

30 jul 2015 - 15h35

O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse nesta quinta-feira (30) que não interfere nas decisões da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Petrobras. “Não participei, não participo nem participarei de qualquer decisão sobre investigações da CPI, que tem a sua autonomia”, garantiu.

Insinuações da reportagem de jornal ”beiram a má-fé", disse Cunha
Insinuações da reportagem de jornal ”beiram a má-fé", disse Cunha
Foto: Janaina Garcia / Terra

A manifestação de Cunha, divulgada em uma nota à imprensa, foi uma resposta à reportagem veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo que destaca que a cúpula da CPI solicitou à empresa de investigação Kroll prioridade às investigações sobre o lobista Júlio Camargo.

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Cunha destacou que as “insinuações da reportagem” beiram a má-fé e negou ser o autor de constrangimentos de parlamentares em busca de sua defesa. “A participação da direção da Câmara, por meio da Diretoria Geral, trata somente da contratação administrativa requerida pela CPI, nos termos de sua autonomia”, afirmou ao citar a contratação da Kroll.

Um dos delatores do esquema de corrupção na estatal, Júlio Camargo, disse, durante depoimento à Justiça do Paraná, que Cunha pediu US$ 5 milhões para viabilizar contrato de navios-sonda da Petrobras e exigiu pagamento de propina ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

De acordo com a reportagem, os aliados do parlamentar esperam ter as informações da Kroll até o fim de agosto para desqualificar a delação premiada acordada pelo lobista.

Agência Brasil
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