A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves declarou que ainda vai "brigar" para que a Fundação Nacional do Índio (Funai) fique sob o guarda-chuva da pasta, mas admitiu que o órgão poderá ficar no Ministério da Justiça e Segurança Pública, conforme aprovado pela comissão da reforma ministerial no Congresso.
"Ou com papai Moro ou com mamãe Damares, os índios serão protegidos no Brasil", declarou Damares, após um evento de lançamento da versão atualizada do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Na quarta-feira, 8, a ministra havia sido mais enfática na defesa de a Funai continuar no organograma da pasta administrada por ela. "A Funai vai ficar com a mamãe Damares, e não com o papai Moro", afirmou, na ocasião. Desta vez, ela declarou que, em um ministério ou outro, a política do governo para o setor vai continuar.
"Ainda vou continuar brigando até o último minuto, lá no plenário, conversando com os parlamentares, convencendo que é melhor ficar comigo. Ainda vou brigar muito por isso", disse nesta sexta (10).
"Mas, assim, não importa onde o órgão estiver. A política que o presidente da República quer para os índios no Brasil, essa questão de acolher o índio como um todo, vai acontecer. A Funai, estando lá no MJ ou estando aqui comigo, ou com papai Moro ou com mamãe, os índios serão protegidos no Brasil."
Demarcação
Damares defendeu que a demarcação de terras indígenas continue com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Ministério da Agricultura. Pelo relatório da medida provisória aprovada na comissão do Congresso, o órgão passaria para a Funai, sob o guarda-chuva do ministério de Sergio Moro. "Eu sou a favor da demarcação de terras esteja onde estiver. Entendo que o Incra está sendo preparado para fazer melhor", declarou.