O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou nesta quinta-feira (18) que plataformas de redes sociais removam, em até 24 horas, vídeos em que a ex-ministra e candidata ao Senado Damares Alves (PL-DF) desinforma sobre uma cartilha de drogas produzida no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Diferentes versões do conteúdo foram publicadas nos perfis de Damares no Instagram, no Twitter, no Facebook e no YouTube, nos quais acumulavam 1,06 milhão de visualizações até a publicação desta reportagem.
Na gravação, a candidata alega que a cartilha ensinava "crianças a usar crack". Conforme já desmentido pelo Aos Fatos, o material era direcionado a usuários de drogas adultos e o objetivo era reduzir os danos do consumo de psicotrópicos, não incentivar o uso deles.
Além de ter sido publicado nas redes da ex-ministra, o conteúdo também circulou em ao menos 55 grupos no Facebook, segundo dados da ferramenta CrowdTangle.
A decisão, assinada pelo ministro Raul Araújo, acata pedido da coligação liderada pelo PT, que acusou Damares de empregar "uma verdadeira estratégia de desinformação, a fim de macular a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com nítido caráter eleitoral".
O YouTube informou ao Aos Fatos que ainda não foi notificado da decisão e, por isso, o vídeo permanece no ar. Já a Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, e o Twitter não quiseram se manifestar.