Proibido de participar de eventos públicos e de deixar a cidade de Petrópolis, na Região Serrana fluminense, a não ser para atividades que tenham ligação com o seu mandato, o deputado federal Daniel Silveira (União Brasil) participou de uma festa na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, no sábado, 9. O evento terminou em confusão, na qual o dono do estabelecimento foi agredido por dois policiais militares. Um deles estaria com o parlamentar.
A participação de Daniel Silveira na festa foi revelada pela TV Globo, que teve acesso a câmeras de monitoramento instaladas no local. Segundo a emissora, o parlamentar chegou à festa por volta das 16h. Não há informações sobre quando ele teria deixado o local.
Os dois PMs acusados de agredir o dono do bar são lotados no 15º BPM (Duque de Caxias) e no Grupamento Aeromóvel. Segundo o empresário, pelo menos um deles seria amigo de Silveira. O parlamentar, contudo, não se envolveu na briga.
Em nota, a Polícia Militar informou que, "assim que o comando da Corporação recebeu o vídeo do fato, os policiais militares foram identificados e convocados a depor". Segundo a PM, o empresário já prestou depoimento à Corregedoria, e um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado.
Daniel Silveira utiliza tornozeleira eletrônica por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No início do mês, a defesa do deputado solicitou uma perícia no equipamento alegando "anormalidades" e "comportamentos estranhos" da tornozeleira.
No pedido, um dos advogados de Daniel cita "suspeitas de manipulação" e solicita que o aparelho passe por perícia. Pede ainda que o trabalho não seja feito no Rio de Janeiro, nem no Distrito Federal, em razão de "dúvidas sobre a imparcialidade do órgão nessas cidades". O parlamentar responde a processo no STF por insultos e ameaças à Corte.
O Estadão pediu posicionamento à defesa de Silveira, mas ainda não obteve retorno.