De Fátima de Tubarão à mulher que pichou estátua da Justiça: onde estão 6 nomes emblemáticos do 8 de janeiro

Dois anos após os atos antidemocráticos, alguns dos envolvidos já estão presos, enquanto outros também foram julgados

8 jan 2025 - 14h22
(atualizado às 16h24)
Na foto: Fátima de Tubarão, Antônio Cláudio, Débora Rodrigues e Ana Priscila
Na foto: Fátima de Tubarão, Antônio Cláudio, Débora Rodrigues e Ana Priscila
Foto: Reprodução

No dia 8 de janeiro de 2023, golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Dois anos após os atos antidemocráticos, alguns dos envolvidos já estão presos, enquanto outros também foram julgados. Dentre eles, há seis nomes emblemáticos que participaram dos ataques, que incluem a mulher que pichou a estátua da Justiça, a que defecou no Supremo, o homem que quebrou o relógio de Dom João VI no Planalto e o que roubou uma toga dos ministros do STF.

Uma dessas pessoas é Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como Fátima de Tubarão, que foi condenada a 17 anos de prisão por sua participação nos eventos golpistas de 8 de janeiro. Não há mais possibilidade de recursos. Ela está em prisão preventiva desde janeiro de 2023. 

Publicidade

A idosa foi condenada em agosto do ano passado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado.

Fátima, que tinha 67 anos no dia da invasão aos prédios públicos, é natural de Tubarão (SC) e se tornou conhecida nas redes sociais após um vídeo gravado durante a invasão aos edifícios dos Três Poderes. Na gravação, ela afirma estar "quebrando tudo" e faz ameaças contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. "Vamos para guerra. Vou pegar o 'Xandão' agora".

'Fátima de Tubarão' estava nos atos golpistas em Brasília
Foto: Reprodução/Twitter

Em outra parte do vídeo, ela conta que defecou em um dos banheiros do prédio da Suprema Corte. Durante o julgamento, a idosa confirmou o ocorrido, mas alegou não saber de quem era a sala que invadiu.

Antônio Cláudio Alves Ferreira, responsável por quebrar o relógio trazido por Dom João VI em 1808, que estava exposto no Palácio do Planalto, também está cumprindo pena definitiva. Condenado a 17 anos de prisão pelos mesmos crimes, ele começou a cumprir a sua sentença, desde dezembro, na cidade de Uberlândia (MG). As informações são da CBN e foram confirmadas pelo Terra

Publicidade
Antônio Cláudio Alves Ferreira foi condenado a 17 anos de prisão
Foto: Reprodução/TV Globo / Perfil Brasil

Outro nome que ficou conhecido pelos ataques antidemocráticos é o de Débora Rodrigues dos Santos, conhecida por pichar a estátua da Justiça com batom e escrever "perdeu, mané". Embora ainda não tenha sido julgada pelo STF, ela foi denunciada e se tornou ré. Desde março de 2023, está presa na unidade de Tremembé, em São Paulo.

Já Ana Priscila Silva de Azevedo, considerada uma das organizadoras dos atos golpistas, recebeu uma sentença de 17 anos de prisão. No entanto, ela ainda aguarda a análise dos recursos enquanto cumpre sua pena em uma prisão em Brasília.

Ana Priscila Azevedo, cercada por militares do Exército, no Palácio do Planalto
Foto: Redação / Estadão

No dia dos ataques, ela registrou a viatura da Polícia Legislativa caída no espelho d'água em frente ao Congresso e mencionou a intenção de "colapsar o sistema" e "tomar o poder de assalto".

"Aqui é a casa do povo, p... chora petista. Isso aqui não é golpe, é um contra golpe, que vocês são golpistas, bando de vagabundo. Uh, é tudo nosso."

Outros dois envolvidos que ficaram conhecidos pelos atos criminosos estão respondendo ao processo em liberdade. Marcelo Fernandes Lima foi o responsável por roubar do Supremo uma réplica da Constituição Federal, enquanto William da Silva Lima levou uma toga dos ministros do STF.

Publicidade

Embora tenham sido presos, os dois conseguiram a liberdade provisória e agora são monitorados por tornozeleiras eletrônicas. O julgamento de Marcelo já começou no plenário virtual e se estenderá até fevereiro. Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin votaram pela condenação. William da Silva ainda aguarda julgamento.

Fonte: Redação Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se