O general da reserva Walter Braga Netto não foi afetado pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, nesta sexta-feira, 30, tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. Braga Netto foi julgado no mesmo processo por ter sido o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022. Mas, por unanimidade, os ministros optaram por excluí-lo da condenação.
O TSE analisou que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por parte de Bolsonaro no caso da reunião com embaixadores, feita no Palácio da Alvorada, em 18 de julho do ano passado. Porém, os ministros entenderam que Braga Netto não teve responsabilidade na conduta.
Na ocasião, o ex-presidente fez questionamentos em relação ao resultado do sistema eleitoral de 2018, levantou dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas e fez críticas a ministros de tribunais superiores. O evento foi transmitido pela TV Brasil.
O general estava tranquilo em relação à sua situação eleitoral desde a sessão de julgamento da última quinta-feira, 29, quando os ministros já tinham formado maioria pela sua absolvição. Inclusive, no primeiro dia de julgamento, o próprio Ministério Público Federal, através do vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco, havia defendido a exclusão de Braga Netto da setença e pedido pela inelegibilidade de Bolsonaro.
Futuro do ex-ministro
Braga Netto, que já foi ministro do governo Bolsonaro, nas pastas da Casa Civil e da Defesa, tem dados sinais de que deve se candidatar a prefeito do Rio de Janeiro pelo PL.
Este mês, Braga Netto apareceu em um vídeo ao lado do deputado estadual Alan Lopes (PL-RJ) falando como pré-candidato à Prefeitura do Rio. Ele pede para que os eleitores que acreditam nas pautas de "Deus, pátria e liberdade" unam-se a eles pelo futuro da capital fluminense.