Defesa de Cerveró nega ilegalidade em repasse de bens

14 jan 2015 - 10h32
(atualizado às 10h45)
<p>Ex-diretor da Petrobras foi preso na madrugada desta quarta, no Rio de Janeiro</p>
Ex-diretor da Petrobras foi preso na madrugada desta quarta, no Rio de Janeiro
Foto: José Cruz / Agência Brasil

A tentativa do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de transferir bens para seus filhos não é ilegal, disse nesta quarta seu advogado, Edson Ribeiro. Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, foi denunciado por corrupção na estatal e foi preso de madrugada pela Polícia Federal, ao voltar de uma viagem de Londres.

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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a prisão preventiva foi cumprida porque havia indícios de que ele continuava a praticar crimes e a transferir bens a seus familiares. Ainda de acordo com o MPF, o executivo tentou transferir R$ 500 mil para sua filha, além de imóveis adquiridos com recursos de origem duvidosa, a preços abaixo do mercado. “Não houve crime. Quando ele fez essa transferência do patrimônio para os filhos, não existia nenhuma restrição administrativa ou judicial”, disse o advogado.

De acordo com Ribeiro, a prisão de seu cliente causou estranheza. “Desde 10 de abril, coloquei o Nestor Cerveró à disposição tanto do Ministério Público quanto da Justiça Federal e nenhum dos dois órgãos se interessou por ouvi-lo. Até ontem, ninguém o havia procurado. Além disso, quando ele foi para a Inglaterra, eu comuniquei ao Ministério Público e à Polícia Federal que ele estava viajando e que voltaria em janeiro. Deixei, inclusive, o endereço onde ele estava”, disse.

O advogado disse que Cerveró deveria receber, na próxima sexta-feira (16), uma citação para depor como testemunha, ao Ministério Público. “Ele já tinha marcado um depoimento junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro para falar sobre o vazamento de informações da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Petrobras. Então, não dá para entender o motivo dessa prisão preventiva”.

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Ribeiro disse que deve ir ainda nesta quarta-feira à Curitiba, para onde Cerveró foi levado, para “entender a motivação” do mandado de prisão preventiva. “Em seguida, vou à Porto Alegre (ao Tribunal Regional Federal) tentar um habeas corpus”, disse.

Agência Brasil
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