Defesa de Torres diz que ele deu senhas erradas à PF devido ao uso de remédios

Advogados alegaram que utilização de medicamentos causou "grau de comprometimento cognitivo"

28 abr 2023 - 16h39
(atualizado às 17h05)
Defesa de Torres diz que ele deu senhas erradas à PF devido ao uso de remédios
Defesa de Torres diz que ele deu senhas erradas à PF devido ao uso de remédios
Foto: Poder360

Após a Polícia Federal (PF) informar que as senhas fornecidas por Anderson Torres estavam incorretas, a defesa do ex-ministro da Justiça alegou nesta sexta-feira, 28, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ele pode ter fornecido informações pessoais erradas para a corporação devido ao seu "grau de comprometimento cognitivo" causado pela utilização de medicamentos.

A manifestação foi apresentada após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, ter dado  48 horas para a defesa de Torres prestar esclarecimentos. Nesta semana, a PF informou que "nenhuma das senhas fornecidas estava correta, o que inviabilizou a extração dos dados armazenados" no serviço de nuvem utilizado pelo ex-ministro. 

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"Nesse cenário, tendo em vista o atual estado mental do requerente, com lapsos frequentes de memória e dificuldade cognitiva, a confirmação da validade das senhas, na hodierna conjuntura, revela-se sobremaneira dificultosa", afirmaram os advogados de Torres.

Na manifestação, os advogados destacaram que, no dia 14, tinham apresentado um laudo psiquiátrico, elaborado por uma médica da rede pública do Distrito Federal, no qual dizia que o estado de saúde de Torres "estava se deteriorando gravemente". Este parecer foi utilizado para falar sobre o possível "grau de comprometimento cognitivo".

"À vista das informações prestadas pela psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que dão conta da gravidade do quadro psíquico do requerente, e dos medicamentos que lhe foram (e estão sendo) ministrados, é possível que as senhas tenham sido fornecidas equivocadamente, dado o seu grau de comprometimento cognitivo", disse a defesa.

Os advogados pediram, então, que Moraes oficie as empresas responsáveis pelo serviço de nuvem e e-mail utilizados por Torres para que elas apresentem as senhas.

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Nesta sexta-feira, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, rejeitou mais um pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados do ex-ministro.

Fonte: Redação Terra
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