O deputado federal André Vargas (sem partido-PR) disse nesta segunda-feira em seu perfil no Twitter que não vai comparecer ao Conselho de Ética da Câmara, onde iria se defender das acusações de ter atuado em favor do Labogen, laboratório que pretendia fechar um contrato com o Ministério da Saúde, na terça-feira.
Não comparecerei ao Conselho de Ética pois o relator está atropelando meu Direito de Defesa e a decisão do STF que deu acesso aos documentos
— André Vargas (@andrevargas13)
28 julho 2014
A empresa seria de fachada e utilizada pelo doleiro Alberto Youssef, que foi preso pela Polícia Federal na operação Lava Jato – contra a lavagem de dinheiro. No Twitter, Vargas – que cancelou depoimento em outras ocasiões – alegou que o conselho está impedindo seu direito de defesa e que o relator, Júlio Delgado (PSB-MG), já tem um pré-julgamento sobre o caso. No cancelamento, anterior, o deputado dizia que não iria comparecer em uma data que não respeita a oitiva de todas as testemunhas.
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo em abril deste ano diz que Vargas usou um avião do doleiro Alberto Youssef para viajar a João Pessoa. Segundo o jornal, o empréstimo da aeronave foi discutido entre os dois por mensagens de texto no início de janeiro. Em outras mensagens, Vargas e o doleiro discutiram assuntos relacionados a contratos com o Ministério da Saúde, por meio do Labogen.
Julio Delgado deveria de dar por suspeito pois já emitiu o seu pre-julgamento desde sua nomeação e agora atropelando decisão do SUPREMO
— André Vargas (@andrevargas13)
28 julho 2014
