Deputados livram Bolsonaro de processo por briga com senador

30 out 2013 - 16h26
(atualizado às 16h42)
Moraes e Bolsonaro
Moraes e Bolsonaro
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados livrou nesta quarta-feira, por unanimidade, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) de um processo por quebra de decoro parlamentar. O Psol pedia a abertura de um processo disciplinar alegando que Bolsonaro agrediu o senador Randolfe Rodrigues (AP) com um soco, durante visita ao prédio do extinto Doi-Codi, no Rio de Janeiro.

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O relator do processo no Conselho de Ética, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), chegou a votar pela admissibilidade do recurso contra Bolsonaro, pedindo a punição do deputado, mas mudou de ideia na sessão desta quarta-feira depois da manifestação de outros deputados em favor do parlamentar.

Moraes - conhecido por ter dito em 2009 que estava se “lixando para a opinião pública” - afirmou ter redigido ser voto pela admissibilidade do recurso porque o próprio Jair Bolsonaro poderia vir a apresentar, durante a sessão, algum elemento que depusesse contra ele. “Podia o Bolsonaro me trazer algo diferente, que pudesse até me convencer a dar um parecer contra ele”, argumentou.

“Como o deputado Bolsonaro fez sua defesa, isso me convenceu. Eu não vi nada de anormal naquele vídeo, aquilo é um bate-boca normal da democracia, foi um momento acalorado, que não é bom para ninguém, mas não podemos transformar isso em uma pauta do Congresso”, afirmou.

A discussão entre Randolfe e Bolsonaro ocorreu durante visita promovida pelas comissões da Verdade do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e da Ordem dos Advogados do Brasil - sucursal Rio de Janeiro (OAB-RJ). O senador do Psol tentava impedir a entrada do parlamentar - que é militar de reserva - por entender que ele iria transtornar os trabalhos.

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Na opinião de Bolsonaro, a representação do Psol era “sem pé nem cabeça” e o arquivamento da acusação foi normal. “Todo mundo entendeu pelas fitas que eu tinha - vocês não tinham, porque eu gravei lá de dentro muita coisa - que quem foi agredido fui eu. Ou seja, naquele momento o Psol dito da Comissão da Verdade não querem o contraditório. Eles não me aceitam dentro dessa comissão. Perderam, numa representação sem pé nem cabeça, uma representação hipócrita, que é a cara do Psol”, disse.

O deputado criticou a ausência do deputado Chico Alencar (Psol-RJ) para representar o partido no julgamento da representação. "Ele ficou no ar, nem veio aqui para discutir. Perderam mais uma. Logo já estou no livro dos recordes, o Guiness Book, por números de representações por questões ideológicas apenas", disse. 

Fonte: Terra
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