Descumprindo orientação: veja os deputados do PL que votaram a favor da reforma tributária

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o único a orientar seus parlamentares a votarem contra a proposta

6 jul 2023 - 22h40
(atualizado em 7/7/2023 às 09h55)
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Vinte deputados do Partido Liberal (PL) votaram a favor da aprovação do texto da PEC 45/2019, também conhecida como reforma tributária, no primeiro turno, na noite desta quinta-feira, 6. Já no segundo turno, o número caiu pouco, ficando em 18 deputados. O PL foi o único partido a orientar seus parlamentares a votarem contra a proposta, já que apenas a Minoria Parlamentar e a Oposição tiveram o mesmo posicionamento.

Todas as outras federações e partidos orientaram pelo voto dos deputados a favor ao texto, exceto o Novo, que decidiu liberar os parlamentares da sigla para que votassem como quisessem. Na argumentação do PL, a deputada Júlia Zanatta (PL) fez uma provocação ao PT, afirmando que o partido teria virado "tchutchuca de banqueiro". Segundo ela, a proposta resultará em um aumento de impostos para o povo brasileiro, além de ferir a autonomia dos Estados.

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Os votos daqueles que contrariaram a orientação da bancada foram citados pelo deputado Luciano Alves (PSD), ao discursar a favor do texto, antes da votação em segundo turno. Alves parabenizou os dissidentes e foi aplaudido pelos deputados que formaram maioria pela aprovação da PEC. "Isso aqui não é do PL, é do Brasil, é nosso", disse.

Confira os deputados do PL que votaram a favor da reforma em 1º turno

  • Matheus Noronha (CE);
  • Josimar Maranhãozinho (MA);
  • Samuel Viana (MG);
  • Wellington Roberto (PB);
  • Giacobo (PR);
  • Luciano Vieira (RJ);
  • João Maia (RN);
  • Tiririca (SP);
  • Vermelho (PR);
  • Robinson Faria (RN);
  • Icaro de Valmir (SE);
  • Antonio Carlos R. (SP);
  • Luiz Carlos Motta (SP);
  • Zé Vitor (MG);
  • Rosângela Reis (MG);
  • Junior Lourenço (MA);
  • Júnior Mano (CE);
  • Detinha (MA);
  • João Carlos Bacelar (BA);
  • Vinicius Gurgel (AP)

Confira os deputados do PL que votaram a favor da reforma em 2º turno

  • Antonio Carlos Rodrigues (SP);
  • Josimar Maranhãozinho (MA);
  • Samuel Viana (MG);
  • Wellington Roberto (PB);
  • Giacobo (PR);
  • Luciano Vieira (RJ);
  • João Maia (RN);
  • Tiririca (SP);
  • Vermelho (PR);
  • Robinson Faria (RN);
  • Icaro de Valmir (SE);
  • Luiz Carlos Motta (SP);
  • Zé Vitor (MG);
  • Rosângela Reis (MG);
  • Júnior Mano (CE);
  • Detinha (MA);
  • Vinicius Gurgel (AP);
  • Pastor Gil (MA).

A discussão sobre se deputados de direita deveriam ou não apoiar a reforma tributária defendida pelo PT causou intriga, inclusive, entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, os dois aparecem discutindo durante uma reunião do PL, depois que Tarcísio se mostrou favorável ao texto.

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Reforma tributária

A proposta simplifica o sistema de impostos com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com uma parcela gerida pela União e outra parte por Estados e Municípios do País.

A proposta recebeu 382 votos a favor, 118 contra e três abstenções na votação em primeiro turno. Já no segundo turno, foram 375 votos a favor, 113 contra e três abstenções.

Agora, a PEC da reforma tributária irá tramitar no Senado. Ainda não há previsão de quando os senadores irão votar a proposta.

Antes de iniciar a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), fez um discurso aos deputados pedindo pela aprovação do texto. "O momento é histórico. Não nos deixemos levar por críticas infundadas, por análises apressadas, de quem nunca quis uma reforma tributária que mude a face do país", afirmou.

O relator da proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), elogiou a participação de Lira no processo de votação na reforma, e disse que não haveria jeito melhor desse processo ser conduzido. 

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Ribeiro também mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O deputado considerou que Tarcísio teve uma “posição serena” e teve uma “postura democrática” ao apoiar a reforma.

Fonte: Redação Terra
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