O pré-candidato do PSB à presidência Eduardo Campos afirmou, nesta sexta-feira, que os números da pesquisa Datafolha divulgada hoje mostram que a cada dia que passa a população demonstra ainda mais o desejo de mudança. Campos referiu-se ao crescimento do número que pede uma mudança na liderança do Brasil, que chegou a 74%. Na pesquisa, o pernambucano chegou aos 11%, contra 37% da presidente Dilma Rousseff (PT) e 20% de Aécio Neves (PSDB).
“O ponto é que todas as pesquisas e últimas rodadas vão apresentando que há um consenso entre institutos. É que passo a passo o desejo de mudança se amplia. Vejo as pesquisas com grande otimismo. Se 25% diz que nos conhece já chegamos em 11%. Faço uma conta rápida, e quando 100% conhecer? Vamos conseguir contar às pessoas para que dia 5 de outubro exista essa opção. É uma eleição em dois turnos, está aberta, estamos confiantes de que vamos poder participar do segundo turno, mas isso com muita calma”, disse Campos, ao lado da vice Marina Silva.
Quando questionado sobre ser possível fazer com que o brasileiro conheça a candidatura do PSB até 5 de outubro, data das eleições presidenciais, Campos afirmou estar tranquilo e que a disputa começará pra valer apenas em agosto, quando as convenções já tiverem sido feitas e o horário eleitoral já estiver nas TVs.
“Em 30 dias um País com 200 milhões de pessoas, sem televisão, sem horário eleitoral, sem debates se iniciar, não tem maior divulgação. Entre os que tomaram conhecimento, nos posicionamos bem. Os que têm mais acesso à informação, que se interessam ao debate neste momento, estamos bem”, disse. “Em agosto começa uma nova fase na campanha, mesmo não tendo tempo semelhante nem próximo aos adversários, as pessoas começam a conversar em casa, no ônibus, metrô, aí começa o debate sobre quem são os candidatos. Até 19 de agosto não deve haver mudança. Depois disso até 19 de setembro, aí vamos ver”, completou.
Marina Silva acredita que as eleições de 2010, quando teve 20% dos votos, lhe deu muita experiência para participar de mais uma campanha presidencial.
“Essa tentativa de confinar o cidadão como espectador não funciona. Ele quer ser protagonista e isso já está sendo acompanhado de uma aprendizagem, que tenha segundo turno e que possa ir para o segundo turno uma candidatura que seja ascendente, e não descendente. Porque o eleitor começa a fazer esse cálculo. Sociedade quer ser autora da vitória de quem vai ganhar”, disse a ex-senadora.
“Vamos começar o 19 de agosto como ela (Marina Silva) terminou em 2010. Nosso número já está perto do que ela obteve. Vamos largar daí e fazer o debate”, disse Campos, otimista com a parceria com Marina Silva.
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