A presidente Dilma Rousseff mostrou otimismo nesta quarta-feira sobre o cumprimento da meta de superávit primário pelo setor público neste ano e minimizou os resultados ruins recentes.
"É natural que haja momentos de flutuação do superávit primário", disse Dilma a jornalistas, após apresentar propostas ao setor agropecuário em evento organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que contou com a participação do principais candidatos à Presidência.
"Acredito que teremos condições de cumprir o superávit primário previsto no começo do ano", acrescentou a presidente, que busca a reeleição pelo PT.
A meta da economia feita para pagamento de juros em 2014 é de 99 bilhões de reais, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
No acumulado em 12 meses até junho, o superávit primário estava em 1,36 por cento do PIB, devido à arrecadação fraca, fortes renúncias tributárias e gastos maiores.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à Reuters deixou em aberto a possibilidade de fazer novo ajuste da meta deste ano, argumentando que é preciso esperar para ver o que vai acontecer no segundo semestre.
Para ele, a melhor correção para a política fiscal brasileira é o crescimento, já que o maior problema das finanças é a baixa expansão da receita e não as despesas.
No primeiro semestre, a receita total do governo central (governo federal, Previdência e Banco Central) subiu 7,2 por cento sobre o mesmo período do ano passado, enquanto a despesa total cresceu 10,6 por cento.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)