A presidente Dilma Rousseff admitiu em conversa com aliados que seu afastamento temporário do governo é “inevitável”. As informações são da Folha.
Após reconhecer a derrota, Dilma quer traçar uma agenda para “defender seu mandato” e impedir que Michel Temer “se aproprie” de projetos e medidas feitos pelo seu governo. Auxiliada por Luiz Inácio Lula da Silva, a estratégia é manter a mobilização da base social do PT e seguir reproduzindo o discurso de que o processo de impeachment é um golpe e de que um eventual governo Temer é ilegítimo.
Ainda segundo a Folha, a presidente teria pedido à sua equipe para apressar tudo que estivesse “pronto ou perto de ficar pronto” para ser anunciado antes do Senado aprovas a admissibilidade do impeachment, previsto para ocorrer dia 11 de maio.
Segundo um auxiliar direto de Dilma, a presidente não quer deixar para Temer medidas elaboradas durante seu governo e que a ordem, de acordo com o assessor, é “limpar as gavetas”.
A presidente acredita que pode ser inocentada ao fim do julgamento pelo Senado, podendo retomar seu mandato. Parlamentares do PT e Lula, porém, acreditam que após o afastamento de Dilma o quadro vai ficar "muito difícil" e, mesmo com a vitória, o quadro de governabilidade ficará muito enfraquecido sem o apoio de partidos.