Dilma convida Rússia a investir no país em infraestrutura e energia

14 jul 2014 - 14h11

A presidente Dilma Rousseff apresentou nesta segunda-feira ao presidente russo Vladimir Putin as oportunidades que o país oferece nos setores de infraestrutura e energia e garantiu que as portas do Brasil estão abertas para a Rússia.

Dilma recebeu Putin em Brasília, onde eles revisaram a agenda bilateral antes de viajarem para Fortaleza, onde participarão amanhã da IV Cúpula dos Brics, integrada também por Índia, China e África do Sul.

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Em entrevista coletiva dos dois líderes, Dilma celebrou a assinatura de um acordo de intenções com o qual os dois países pretendem estimular os investimentos mútuos e o comércio.

"O Brasil oferece inúmeras oportunidades em infraestruturas e energia", declarou Dilma, e afirmou que as portas estão abertas para empresas russas que pretendem participar das licitações que serão abertas nas áreas de petróleo, portos e ferrovias, entre outras.

A presidente reforçou que Brasil e Rússia devem continuar trabalhando para aumentar comércio bilateral entre os países, que ano passado alcançou os US$ 5,56 bilhões, uma soma que se propuseram a elevar para US$ 10 bilhões no futuro próximo.

Brasil e Rússia também acordaram aprofundar a cooperação em defesa, educação, ciência e tecnologia, assim como nos organismos internacionais e especialmente nos financeiros.

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"É essencial manter ações coordenadas na agenda do G20, pois será a única forma de fazer do Fundo Monetário Internacional (FMI) um mecanismo realmente multilateral e democrático", declarou Rousseff.

Sem fazer nenhuma menção ao caso da Crimeia, Dilma disse que, junto com Putin, consideraram que "a escalada de conflitos em várias partes do planeta ameaça a paz e obriga os organismos multinacionais a serem mais eficazes".

A presidente também destacou a futura criação de um banco de desenvolvimento e de um fundo de reservas dos Brics e avaliou o "grande empenho" da Rússia em ambos os projetos.

"Nesta conjuntura e neste mundo tão complexos, vemos a Rússia geopoliticamente integrada ao sul do mundo, a um sul que reivindica sua identidade e que aspira a um mundo de paz, desenvolvimento e justiça social", declarou Dilma.

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