A presidente Dilma Rousseff está numa encruzilhada política e deverá fazer uma escolha difícil nos próximos dias: vetar o projeto de lei que eleva os salários dos funcionários públicos, que pode ocasionar uma reação negativa de seus colegas partidários, ou assiná-lo, arriscando um rebaixamento da nota de crédito do País. É o que diz uma matéria publicada na segunda-feira (13) no site do The Wall Street Journal, maior jornal em circulação nos Estados Unidos.
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Segundo a publicação, que chama Dilma de “líder socialista”, a presidente enfrenta uma rebelião no Congresso Nacional e sente a pressão das agências de crédito internacionais para cortar gastos e diminuir a dívida do País.
O Wall Street Journal diz que Dilma já sinalizou que vai vetar a medida dos salários, mas terá de lidar com um Congresso em que a oposição intensificou os pedidos de impeachment em função de supostas irregularidades nas contas do governo, além do aprofundamento das investigações envolvendo a Petrobras, na Operação Lava Jato.
“Dilma enfrenta agora a escolha nada invejável de vetar essas medidas irritando milhões de eleitores, ou aprová-las e cavar um buraco ainda mais profundo no orçamento que faria soar o alarme das agências de classificação de crédito”, diz a reportagem.
Para o jornal, Dilma está ficando cada vez mais sozinha, enquanto seus antigos aliados tentam se distanciar de uma presidente cujo índice de aprovação caiu para a mínima histórica.
