Dilma diz esperar que Congresso termine em junho aprovação de projetos de ajuste

19 jun 2015 - 14h11

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que espera que o Congresso Nacional conclua ainda em junho a aprovação das propostas enviadas pelo Executivo para equilibrar as contas públicas, o que será um estímulo para ampliar investimentos em áreas como infraestrutura.

Presidente Dilma Rousseff. 27/05/2015
Presidente Dilma Rousseff. 27/05/2015
Foto: Edgard Garrido / Reuters

Dilma afirmou, em discurso ao inaugurar um complexo acrílico em Camaçari (BA), que quanto mais rápido as medidas de ajuste fiscal forem aprovadas pelos parlamentares será melhor para o país.

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Até o momento, o Congresso aprovou dois dos três principais projetos enviados pelo governo: a MP 664, que alterou as regras de acesso a benefícios previdenciários, e a MP 665, que modificou regras de acesso ao seguro-desemprego. Os parlamentares, no entanto, adiaram para a próxima semana a votação do projeto de lei que reduz a política de desoneração da folha de pagamento.

"Os ajustes têm de ter um prazo o mais rápido possível para ocorrer. Todo o empenho do governo federal é que nós consigamos aprovar no Congresso ainda neste mês de junho", afirmou Dilma no discurso.

"Esses ajustes são para equilibrar as contas públicas, e quanto mais rápido eles ocorrerem, melhor, porque nós não queremos que nada interrompa o processo de desenvolvimento do país", acrescentou.

Dilma reiterou que o governo vêm trabalhando ao mesmo tempo em duas frentes, o reequilíbrio das contas públicas e programas para incentivar o crescimento econômico, como o Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado na semana passada com expectativa de investimento de 198,4 bilhões de reais.

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O investimento em infraestrutura, disse Dilma, é um dos fatores importantes para alavancar o desenvolvimento e o novo programa será uma resposta a esse gargalo no "curto prazo".

"Muitas vezes argumentam que um dos fatores que inibe o desenvolvimento do país é a ausência de infraestrutura, e isso é em parte verdade, porque o Brasil ficou muito tempo sem investir", afirmou.

Segundo a presidente, o governo ainda está aberto a incluir novos projetos no programa e também pode fazer eventuais ajustes. "Nós lançamos esse programa semana passada, portanto, estamos a tempo e a hora de fazer os ajustes necessários", disse.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

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