A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que seu governo tem feito um "grande esforço" para que a inflação convirja para o centro da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5 por cento ao ano.
Em entrevista para rádios de Minas Gerais, Dilma disse ainda que manterá os esforços de manutenção da solidez dos fundamentos econômicos. Segundo ela, esta é uma preocupação sua desde que assumiu o governo em 2011 e não apenas por este ser um ano eleitoral.
"Nós estamos fazendo um esforço grande para fazer a inflação convergir para o centro da meta", disse a presidente,
"Desde 2011 nós estamos ali lutando e batalhando diariamente, primeiro para manter os fundamentos econômicos sólidos e segundo para garantir investimento em políticas sociais. Esse é o desafio, não por conta da eleição, em qualquer momento, em qualquer segundo, em qualquer minuto."
Desde que Dilma assumiu a Presidência em janeiro de 2011, a inflação oficial, medida pela Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tem se mantido próxima do teto da meta, que é de 6,5 por cento.
A alta dos preços bateu o teto da meta em 2011 para recuar no ano seguinte, ficando em 5,84 por cento. No ano passado, no entanto, ela voltou a acelerar um pouco fechando o ano em 5,91 por cento.
Pesquisa feito pelo Banco Central junto ao mercado divulgada nesta segunda apontou expectativa de inflação de 6,01 por cento em 2014.
Durante a entrevista, a presidente também comentou os esforços do governo para cumprir a meta de superávit primário e pediu participação de Estados e municípios no cumprimento das metas fiscais.
"Nós cumprimos o superávit primário de 75 bilhões de reais e queremos muito que os governos estaduais, que os governos municipais participem deste esforço de robustez fiscal que é necessário para o Brasil", disse.
Dilma também fez uma breve avaliação do cenário econômico externo e disse esperar que os efeitos do fim dos estímulos econômicos dados pelo banco central dos Estados Unidos à economia norte-americana sejam menos severos do que se pensava.
"Quando os Estados Unidos saem do programa de expansão monetária, houve uma flutuação para todo mundo, para nós também, mas está estabilizando. E eu acho que será muito menos dramático do que se pensou no início", comentou.
(Por Eduardo Simões)