Dilma diz que "nova era nas Américas" não tolera imposições

ilma discursou na primeira sessão plenária da 7ª Cúpula das Américas

11 abr 2015 - 13h20
(atualizado às 13h36)
<p>Dilma discursou na Cúpula das Américas</p>
Dilma discursou na Cúpula das Américas
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado que a aproximação entre Estados Unidos e Cuba "abre uma nova era nas Américas", na qual todos os países do continente deverão compreender que "nenhum pode impor nada a outro".

Dilma discursou na primeira sessão plenária da 7ª Cúpula das Américas, realizada no Panamá, e em suas primeiras palavras celebrou a "coragem" dos presidentes de Cuba, Raúl Castro, e dos Estados Unidos, Barack Obama, que "decidiram pôr fim ao último vestígio da Guerra Fria na região".

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No entanto, apontou que agora "devem ser dados outros passos" que levem "ao fim do embargo" que os Estados Unidos mantêm contra Cuba há mais de cinco décadas. Segundo Dilma, essa aproximação entre Cuba e EUA "é a prova de como se pode avançar quando deixamos de lado os antagonismos que tanto afetam nossas sociedades".

A presidente uniu esse comentário com a situação da Venezuela e as tensões que esse país mantém com os Estados Unidos, que repercutiram na Cúpula das Américas ao ponto de impedirem que se adote um documento conjunto.

"Este bom momento das relações hemisféricas já não admite medidas unilaterais de isolamento", motivo pelo qual "rejeitamos as sanções (dos Estados Unidos) contra a Venezuela", um país que, em sua opinião, "reivindica moderação de todas as partes".

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Dilma também elogiou os avanços do processo de paz na Colômbia e se disse convencida de que as Américas "celebrarão em breve o fim do mais longo conflito" do continente, o que "assentará um precedente inestimável para toda a região".

Durante seu discurso, Dilma também avaliou os avanços democráticos e sociais que houve na América Latina desde 1994, quando em Miami (EUA) ocorreu a primeira Cúpula das Américas, e assegurou que "ainda é preciso fazer muito mais" para acabar com a pobreza e as desigualdades em todo o continente.

  
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