A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram nessa sexta-feira da convenção partidária que homologou a candidatura do deputado federal e ex-chefe estadual da Casa Civil, Rui Costa, ao governo da Bahia, no Parque de Exposições, em Salvador. Além de Costa, foram homologadas as candidaturas de João Leão a vice e Otto Alencar a senador. Mais de dez mil pessoas, entre militantes, prefeitos e lideranças políticas, estiveram na cerimônia. A convenção reuniu PT, PP, PDT, PSD, PCdoB e PTB.
Durante o discurso, a presidente Dilma voltou a acusar os adversários políticos de apelarem para o ódio e para os xingamentos, mas ressaltou que o pré-candidato do governo à sucessão estadual na Bahia deve "continuar as mudanças indicadas no governo Jaques Wagner". "Eles (a oposição) fazem uma política desqualificada. Disseram que não ia ter Copa, que os estádios não ficariam prontos, que o povo não conseguiria chegar aos estádios e que tudo seria um caos. E nada disso aconteceu. Fizemos muito em todo o Brasil e Wagner fez muito aqui na Bahia. Esse trio tem todas as credenciais para garantir que as conquistas de Wagner continuem e avancem na Bahia", disse.
O tema "política com moralidade e seriedade" dominou a fala do ex-presidente Lula durante a convenção. Ele convocou a militância a politizar a campanha e defender "nas ruas, nos bares e em todos os locais o governo que mudou a Bahia e o Brasil". "Hoje, no Brasil e em quase todo o mundo, vivemos um momento de descrédito na política, parece que todo mundo é bandido. Temos que dizer que temos orgulho de fazer política, porque negar a política é a pior coisa que pode acontecer a um País. A desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta", afirmou.
O governador Jaques Wagner também aproveitou para atacar a oposição, principalmente o ex-governador Paulo Souto, que concorre à cadeira do Executivo baiano em outubro. "Quem não teve competência para fazer quando estava no governo, não tem competência para fazer quando puder. A Bahia e o Brasil precisam continuar mudando, mas olhando para a frente, não como um retorno ao passado", ressaltou.
Em seu discurso, o candidato do PT ao governo da Bahia, Rui Costa, entregou à presidente Dilma Rousseff um exemplar do Programa de Governo Participativo, do qual, segundo ele, participaram 50 mil pessoas de todas as regiões da Bahia. O documento reúne as ações que o candidato pretende implementar de forma prioritária, caso assuma o comando da gestão estadual em janeiro de 2015.
Rui Costa voltou criticar a "elite antipetista", a quem atribui a "insatisfação com avanços sociais", e mostrou-se confiante numa vitória da chapa ainda no primeiro turno. "Porque não foi o governador Jaques Wagner quem botou água no Rio São Francisco. Foi Deus quem botou água no São Francisco. O que ele (Wagner) fez foi ter coragem e vontade de chegar para a presidente e dizer: 'Na região, vai faltar água e eu preciso trazer uma adutora'", justificou.