Dilma lamenta decisão do PSB de deixar governo, diz líder socialista

18 set 2013 - 19h22
(atualizado às 23h56)

A presidente Dilma Rousseff lamentou e disse ao presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, entender a decisão tomada pela sigla nesta quarta-feira de entregar os cargos que detém no governo federal, afirmou o líder do partido no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF).

O senador conversou rapidamente com Campos, após o encontro do pernambucano com Dilma na tarde desta quarta-feira, ocasião em que comunicou a decisão do partido à presidente. Segundo Rollemberg, Dilma teria ainda elogiado a postura que o partido vinha demonstrando e disse ter a expectativa de manter a mesma relação "respeitosa".

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"A conversa foi em tom muito cordial. A presidenta disse que lamentava, mas compreendia", disse o líder socialista à Reuters por telefone.

"Ela elogiou muito a postura do PSB e a relação bastante respeitosa, correta e leal."

Segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República, o encontro de Campos com Dilma durou cerca de 40 minutos. O Palácio do Planalto não deu mais detalhes sobre a reunião.

Mais cedo, o partido decidiu, em reunião da Executiva convocada de última hora, deixar o governo e colocar os cargos que ocupa --o Ministério da Integração Nacional, a Secretaria Especial de Portos, no primeiro escalão-- à disposição.

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A decisão, quase unânime, só não contou com o voto do governador do Ceará, Cid Gomes, que se absteve de votar. Ainda de acordo com Rollemberg, o governador teria dito, na reunião da Executiva que o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, irá deixar o cargo.

Em carta entregue por Campos a Dilma, o governador pernambucano argumenta que o partido vinha sendo atingido por "comentários e opiniões, jamais negadas por quem quer seja, de que o PSB deveria entregar os cargos que ocupa na estrutura governamental, em face da possibilidade de, legitimamente, poder apresentar candidatura à Presidência em 2014".

Campos é apontado como provável candidato à Presidência na eleição do ano que vem.

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