Dilma tenta acalmar PMDB diante de reunião entre caciques do partido

Em encontro de duas horas a portas fechadas, ela prometeu dar uma resposta final sobre a reforma ministerial ao PMDB depois do dia 29 de janeiro

15 jan 2014 - 22h10
(atualizado às 22h20)

A presidente Dilma Rousseff chamou o vice-presidente Michel Temer para uma reunião após o PMDB ter reagido mal à negativa dela de ampliar o espaço da legenda na Esplanada. O encontro foi uma maneira de a presidente tentar reduzir o clima ruim com o principal aliado do PT no governo pouco antes de uma reunião com caciques peemedebistas, marcada para esta noite. 

Se no encontro da última segunda-feira (13), Dilma descartou a possibilidade de dar mais poder à legenda, desta vez a presidente amenizou o tom e disse que só dará uma resposta final ao PMDB depois do dia 29 - após uma viagem que ela fará a Cuba.

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Interlocutores da Presidência acreditam que o PMDB pode conseguir galgar uma pasta mais expressiva em troca do comando do ministério do Turismo, mas alegam que a disputa será difícil. Os ministérios que estão na mira do partido são o da Integração Nacional (disputado também pelo Pros) e o das Cidades, que deve continuar com o PP - Dilma quer que o atual titular da pasta, Aguinaldo Ribeiro, permaneça e abra mão de se candidatar ao governo da Paraíba. 

Ao contrário de outras reformas ministeriais, esta é considerada mais delicada por auxiliares da presidente pelo fato de compor a estratégia da campanha eleitoral de outubro. Para garantir apoio de mais partidos em sua coalizão, a presidente terá de atender aos interesses de aliados - dentre eles os novatos governistas Pros e PTB.

Na noite desta quarta-feira, Temer, que é presidente licenciado do PMDB, será o anfitrião de uma reunião na residência oficial do Jaburu para fazer uma análise da reforma ministerial e definir o posicionamento político do partido. São esperados o presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL); o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ); os líder do partido no senado, Eunício Oliveira (CE); o líder do governo no Congresso Nacional, senador Eduardo Braga (AM); além dos senadores José Sarney (AP), Vital do Rêgo (PB), do deputado Eliseu Padilha (RS) e do presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO). 

Na entrada da reunião, Raupp afirmou que ainda não há definições sobre os cargos. "Não pode sofrer por antecipação. Ainda não há definição. O PMDB não está colocando a faca no pescoço da presidente para exigir mais cargos, mais ministérios, nesse momento que o Brasil precisa de unidade política e não de crise política", disse.

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Fonte: Terra
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