Em declaração a jornalistas neste domingo, a presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT à reeleição, afirmou que discussões eleitorais não devem ser misturadas com assuntos da maior petroleira do Brasil, a Petrobras, por questão de “maturidade” e correção. Ao ser indagada se a companhia está sob fogo político cruzado, a presidente declarou que o uso de “factoide” que possa comprometer a empresa é algo “muito perigoso”.
“Se tem uma coisa que a gente tem de preservar, porque tem sentido de Estado e sentido de nação é não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do País. Isso não é correto, não mostra nenhuma maturidade”, disse a presidente a jornalistas, no Palácio da Alvorada.
“Eu acho fundamental que na eleição, nesse processo em que estamos, haja a maior e mais livre discussão. Agora, utilizar qualquer factoide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso”, acrescentou, referindo-se a denúncias contra a empresa, que vem sendo investigada inclusive pelo Congresso Nacional por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Dilma se negou a responder questões sobre o julgamento da presidente da Petrobras, Graça Foster, no Tribunal de Contas da União (TCU). Se condenada, ela pode ser seus bens cassados e isso, na avaliação de setores do governo, tornaria sua manutenção no cargo insustentável.
A presidente-candidata também não quis fazer declarações sobre a necessidade de elevação do preço do combustível diante de uma queda de 25% no lucro da Petrobras do primeiro semestre do ano. “Não especulo nem alimento especulação no mercado”, pontuou. Sobre os resultados da companhia, Dilma sugeriu que deve haver uma melhora no horizonte pelo fato de a petroleira estar no momento investindo na ampliação da sua produção, o que deve ser revertido no futuro.