Os advogados do ex-ministro José Dirceu entraram com um pedido de habeas corpus preventivo nesta quinta-feira para que ele não seja preso nas investigações da Operação Lava Jato.
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O documento foi protocolado às 10h30 no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), confirmou a assessoria de imprensa do TRF. A petição tramita em segredo de Justiça e será analisada pelo juiz federal convocado para atuar no tribunal, Nivaldo Brunoni.
Delação
Na quarta-feira, foi divulgado que o lobista Milton Pascowitch, mais novo delator da Operação Lava Jato, disse a investigadores da Polícia Federal que intermediou o pagamento de propina ao PT e ao ex-ministro José Dirceu para garantir contratos da empreiteira Engevix com a Petrobras.
Segundo a delação, os pedidos de dinheiro de Dirceu - considerado uma espécie de "padrinho" dos interesses da empreiteira na estatal - eram "insistentes" e os repasses eram feitos de diferentes maneiras. Um dos pagamentos, por exemplo, aconteceu por meio de uma doação feita a uma arquiteta que reformou um dos imóveis do petista.
A delação premiada de Pascowitch foi homologada na segunda-feira (29/6). Com ela, o lobista deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para cumprir prisão domiciliar, em São Paulo. Ele é dono de uma consultoria chamada Jamp Engenharia e foi contratado, de acordo com a denúncia, pela Engevix para aproximá-la do PT e da Petrobras.