O diretor corporativo da Petrobras, José Eduardo Dutra, afirmou que as denúncias de que depoentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras teriam sido favorecidos são uma tentativa da oposição de desestabilizar o governo Dilma Rousseff. "Estão tentando acertar na Graça (Foster, presidente da Petrobras) para atingir Dilma", afirmou em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Sobre o episódio, Dutra defendeu a demissão por justa causa de quem gravou a conversa na qual três funcionários da estatal sugerem que ex-dirigentes da Petrobras receberam as perguntas da CPI com antecedência e foram treinados para responder a elas. “Só tem uma ilegalidade nessa história, a gravação, porque foi feita dentro da Petrobras, aparentemente por um empregado da Petrobras. Só havia três pessoas no vídeo, ou a sala estava grampeada ou um dos três estava gravando, o que é uma grave falta no código de ética da Petrobras”, disse.
“Dizer que a CPI preparou as respostas para fazer um gabarito, só tem duas opções: ou é um idiota ou está de má-fé. Eu marco a segunda opção. Essa história de gabarito é bobagem, pois a CPI não tinha condições de fazer aquelas respostas”
Para o diretor da estatal, a CPI da Petrobras “é um tiroteio político”. “Primeiro tentaram vincular Dilma Rousseff. Como Graça é muito próxima da presidente, voltam a artilharia para ela. Estão tentando atirar na Graça para atingir Dilma.”
