Dodge confirma que foi vítima da tentativa de ataque hacker

Procuradora-geral da República revelou que seu telefone funcional sofreu tentativa de ataque em maio

25 jul 2019 - 22h02

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, confirmou nesta quinta-feira (25) que seu telefone funcional sofreu uma tentativa de ataque de hacker, em maio. Segundo a procuradora, os hackers não conseguiram capturar nenhuma informação. O presidente Jair Bolsonaro também foi alvo da mesma ação, segundo o Ministério da Justiça. 

A tentativa foi descoberta pela própria PGR, que tinha aberto um procedimento interno para apuração de ataques aos celulares de integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e no Rio de Janeiro. 

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 Raquel Dodge participa de entrevista em Brasília 29/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
Raquel Dodge participa de entrevista em Brasília 29/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Durante o processo de investigação, servidores da PGR descobriram que os ataques não deram certo porque o aparelho funcional usado por Raquel Dodge estava com o serviço de caixa postal desativado. O ataque eletrônico às caixas é uma das formas usadas por hackers para obter código de segurança de aplicativos, como o Telegram, principal alvo dos suspeitos presos pela Polícia Federal (PF), na terça-feira (23). 

Após as tentativas de roubo de mensagens, a PGR determinou a troca de linhas telefônicas e o uso de um sistema interno de mensagens eletrônica mais seguro. 

Presidente do Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se manifestou nas redes sociais também sobre ter sido vítima do mesmo crime. Alcolumbre, que passou o dia no interior do Amapá, se mostrou indignado com a invasão de privacidade sofrida.

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"Recebi a informação de que meu aparelho de celular teria sofrido tentativa de hackeamento. Embora tranquilo, pois não tenho nada a esconder, manifesto minha indignação com a invasão de minha privacidade", disse o presidente do Senado.

"Não posso deixar de reafirmar minha repulsa às atividades desses criminosos virtuais, pois elas também representam uma afronta aos Poderes da República e à população brasileira. […] Agem movidos por interesses desconhecidos, mas certamente, escusos, pois se valem de meios ilegais e visam o próprio benefício", acrescentou.

Alcolumbre afirmou ainda que deseja ouvir a opinião de especialistas para ter respostas sobre como impedir esse tipo de invasão, e afirmou que o Legislativo também deve agir, "criando soluções e leis mais transparentes".

Além da procuradora, do presidente Jair Bolsonaro e de Alcolumbre, de acordo com a PF, os quatro presos, sob a acusação de invasão do celular de Moro, também teriam roubado dados de mil vítimas, entre elas, diversas autoridades do Legislativo, Judiciário e do Executivo.

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Agência Brasil
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