Um diálogo interceptado pela Polícia Federal revela uma possível influência política do doleiro Alberto Youssef sobre o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT). na mensagem grampeada pela polícia, o principal alvo da Operação Lava Jato diz a uma parceira de esquema que, se pré-candidato ao governo de São Paulo for eleito, ajudaria ele "e muito". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Através de um aplicativo de mensagem instantânea, Primo - como Youssef é conhecido - conversa com a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama no dia 5 de março. Ela questiona Youssef se ele “tem acesso atualmente” ao delegado-geral da Polícia Civil paulista e diz que "queria um cargo para um amigo” dela no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). “Se o Padilha ganhar o governo ajudo ele e muito”, respondeu o doleiro.
A resposta, segundo a PF, “indica possivelmente que (Youssef) tem influência política junto ao candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha”. Padilha não é investigado pela Lava Jato, mas o nome dele é citado em outros documentos da PF.