O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira, 5, o plano de desestatizar o Zoológico e o Jardim Botânico. O anúncio foi feito após reunião do Conselho de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Desestatização do Governo do Estado.
"Dentre os projetos de desestatização que debatemos hoje (terça) na reunião do Conselho de PPPs, estão Zoológico e o Jardim Botânico de SP", escreveu o governador em sua conta no Twitter. Segundo Doria, estão sendo discutidos mais de 30 projetos em parceria com a iniciativa privada.
O objetivo, diz o governador, é "desonerar os cofres públicos e trazer mais eficiência aos serviços prestados à população". A reunião foi coordenada pelo vice-governador Rodrigo Garcia e pelo secretário da Fazenda, Henrique Meirelles.
Dentre os projetos de desestatização que debatemos hoje na reunião do Conselho de PPP's, estão Zoológico e o Jardim Botânico de SP. Em breve, traremos novidades e anunciaremos a lista completa dos itens deste pacote de privatizações e concessões. #MenosEstado #MaisEficiência
— João Doria (@jdoriajr) 5 de fevereiro de 2019
Ambos os equipamentos já cobram pela entrada de visitantes. O Zoológico foi aberto em 1958 e recebeu, desde então, mais de 85 milhões de visitantes. O parque tem área de 824,5 mil metros quadrados. Já a criação do Jardim Botânico foi oficializada em 1938.
Aeroportos e hidrovia
A lista dos 30 equipamentos que deverão ser desestatizados não foi divulgada pelo governador. Doria também reiterou nesta terça a promessa de campanha de privatizar todos os aeroportos de São Paulo. "Faremos a privatização de todos os aeroportos de São Paulo. Indistintamente", disse ele.
"O prazo para que as concessões sejam colocadas de pé é esse ano. Ano que vem, nossa estimativa é que todos os aeroportos já sejam controlados por parcerias público-privadas", afirmou Doria em evento nesta terça-feira, em que anunciou o corte na alíquota de ICMS sobre o querosene de avião.
Na semana passada, Doria defendeu em apresentação para investidores a necessidade de privatização do Porto de Santos, que pertence à União, das diversas estatais paulistas, e afirmou que a venda de 23 aeroportos e de estradas estaduais está entre as prioridades de sua gestão.
Doria mencionou à época a privatização da hidrovia Tietê-Paraná e disse que a venda dos 23 aeroportos vai permitir "melhorar a interiorização de voos, com companhias aéreas fortalecidas, com mais aeronaves e melhores condições técnicas". Ao falar da hidrovia, o governador ressaltou que a venda criará um ponto importante para escoar a carga para outros países, como o Uruguai e Argentina.