Doria bate-boca com Queiroga: "Quanto recalque, ministro"

Após anunciar a antecipação do calendário de vacinação para o estado de São Paulo, o governador se envolveu em troca de farpas

13 jun 2021 - 18h45
(atualizado às 19h38)

Depois de anunciar uma antecipação do calendário de vacinação contra a covid-19 em São Paulo, na manhã deste domingo, 13, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) se envolveu em uma troca de farpas nas redes sociais com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a imunização da população.

Doria havia feito uma postagem no Twitter comentando a antecipação de datas, em que disse "vai preparando o braço" para seus seguidores. De acordo com o calendário divulgado neste domingo, toda a população adulta do Estado deverá receber a primeira dose de algum dos imunizantes disponíveis até setembro.

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João Doria, governador de São Paulo, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes
João Doria, governador de São Paulo, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Governo de DP/Divulgação / Estadão Conteúdo

O ministro da Saúde respondeu a essa postagem dizendo que as vacinas que Doria usaria para cumprir essa agenda eram do governo federal. "Com as doses enviadas pelo governo federal, por intermédio do Ministério da Saúde, a população adulta do Estado de São Paulo estará imunizada até setembro com a primeira dose da vacina contra Covid-19", disse Queiroga.

Doria respondeu: "Quanto recalque, Ministro. Bom domingo e uma ótima semana. Por aqui, vacinando."

Queiroga esteve em São Paulo na sexta-feira, 11, para prestigiar a inauguração de uma unidade de saúde da Prefeitura de São Paulo ao lado do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). O governo paulista já havia falado em "melhora" nas relações entre o governo federal e o Estado desde a posse do ministro, no lugar de Eduardo Pazuello, mesmo com a relação cercada de trocas de acusações entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro.

No sábado, 12, o presidente liderou uma 'motociata' por ruas de São Paulo que terminou com um discurso que reforçou posturas negacionistas com relação à doença e criticou o uso de máscaras. O governo paulista informou que multou o presidente e outros 16 apoiadores, incluindo ministros e deputados, por desobediência a normas sanitárias.

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