Doria defende frente partidária contra Lula e Bolsonaro

31 out 2017 - 16h33
(atualizado às 16h45)

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que as pesquisas de opinião acenderam a luz amarela para os partidos de centro e defendeu a criação de uma frente partidária para evitar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vençam as eleições de 2018.

O prefeito João Doria vistoria as obras do Autódromo de Interlagos para a Fórmula 1, em São Paulo (SP), nesta quarta-feira (25).
O prefeito João Doria vistoria as obras do Autódromo de Interlagos para a Fórmula 1, em São Paulo (SP), nesta quarta-feira (25).
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

Doria declarou que partidos como PSDB, PMDB, DEM, PPS, PP, PR, PRB, PV e parte do PSB deveriam se unir em torno de propostas pelo Brasil e, caberia essa chapa escolher os integrantes dessa chapa única contra "os extremistas" de esquerda e de direita.

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"Não vejo candidatura vitoriosa se esses partidos não estiverem aglutinados e unidos. Fracionados entregam a eleição para Lula e Bolsonaro", afirmou Doria a jornalistas, em evento no Rio de Janeiro.

"É uma frente pelo Brasil, ter propostas de transformação pelo Brasil e recomendo que líderes partidários conversem e possam discutir pela criação dessa frente… que escolheria os nomes da chapa", acrescentou.

As últimas pesquisas de opinião mostram Lula e Bolsonaro, que negocia uma troca de partido, na frente da disputa.

"Acendeu (a luz amarela). Não reconhecer essa realidade é fugir dos fatos. Tanto Bolsonaro e Lula estão fortalecidos sim, mas é muito triste ao país ter só essas duas opções de extrema-esquerda ou direita", disse o prefeito.

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"O Brasil pode buscar candidatura de centro, aglutinando forças, somando forças democráticas… precisamos salvar o Brasil enquanto é tempo. A hora é agora, se não aproveitarmos até abril para fechar uma aliança será tarde demais."

Ao ser questionado se poderia ser um desse nomes dessa chapa de centro, Doria, não descartou a hipótese, ao mesmo tempo em que desconsiderou a possibilidade de o apresentador de TV Luciano Huck poder ser esse nome de consenso.

"Ele é meu amigo pessoal mas não creio que seja a força aglutinadora; precisamos da força partidária de várias legendas e ter tempo de TV", avaliou. "Todas as hipóteses ficam em aberto, mas não advogo nenhuma delas."

Doria reiterou que não vai se dissociar do seu padrinho político, o governador de São Paulo, o também tucano Geraldo Alckmin, e frisou que não pretende "fracionar" o PSDB, que em dezembro deve escolher seu candidato à Presidência. "Estou com Alckmin e continuarei; não tem hipótese de nos desassociarmos."

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O prefeito fez um mea culpa ao afirmar que cometeu erros na sua estratégia de comunicação em São Paulo e citou como um dos exemplos a polêmica em torno da adoção da farinata como parte da merenda nas escolas de São Paulo.

Ele admitiu ainda que seus primeiros seis meses à frente da prefeitura de São Paulo causou um boom de popularidade por se tratar de um administrador com novas idéias e iniciativas e que uma queda de popularidade seria normal depois de algum tempo. Doria prometeu correções sem mudanças de rumo para recuperar a popularidade.

Como em outras ocasiões, o prefeito criticou Lula, chamando o petista de safado e sem vergonha.

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