O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi destituído da presidência da sigla no estado pela direção nacional da sigla. O registro do afastamento foi divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O parlamentar está de malas prontas para deixar o partido ao lado do pai, o presidente Jair Bolsonaro e de um dos irmãos, o senador Flávio Bolsonaro. Eduardo havia se tornado líder da legenda na Câmara no mês passado.
Além de Eduardo, outros 17 deputados que assinaram o manifesto contra Bivar foram punidos. As penas vão de advertência até suspensão das atividades partidárias por 12 meses e foram recomendadas pela Executiva Nacional da legenda na semana passada. Nesta terça-feira, o diretório homologou as punições.
A suspensão de Eduardo e de aliados é uma derrota para a ala ligada ao presidente Jair Bolsonaro, que queria a expulsão para conseguir sair do partido sem perder o mandato. Os demais punidos já anunciaram a intenção de migrar seus mandatos para o Aliança pelo Brasil.
A debandada do grupo político de Bolsonaro do PSL ocorre após divergências com o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE). O PSL deixou de ser nanico após eleger 52 deputados no ano passado - deve receber algo próximo de R$ 1 bilhão em recursos públicos até 2022. A intenção do grupo do presidente era afastar Bivar para poder dar as cartas na distribuição do dinheiro. Mas a manobra não foi bem sucedida e obrigou Bolsonaro a sair da legenda.