O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros parlamentares bolsonaristas levantaram um cartaz com a frase "Pacheco não" durante a cerimônia de posse de parlamentares na Câmara nesta quarta-feira, 1º. Opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentam eleger o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) para o comando do Senado. Ele disputa o posto com atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Na véspera da eleição, três dos 14 senadores do PSD de Pacheco declararam apoio a Marinho. Cobrado por Lula pelas dificuldades de articulação que a base do PSD já demonstra, Gilberto Kassab, que comanda o partido, chegou a convocar um almoço para alinhar o discurso, mas não conseguiu evitar dissidências.
Em uma das jogadas de Lula para assegurar a vitória de Pacheco, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), reassumirá de forma temporária o mandato de senador para votar. O objetivo é evitar qualquer surpresa com a suplente do correligionário de Pacheco.
Numa eleição que promete ser disputada, Pacheco se apresenta como defensor da estabilidade e da democracia, principalmente após os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. Marinho, por sua vez, defende que é preciso resolver problemas de "liberdade de expressão" no País, em um recado ao Judiciário.