O candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta terça-feira que o País precisa de uma reforma na previdência e criticou o fator previdenciário por criar "distorção". Campos, que considera a previdência um "desafio no mundo inteiro" frente ao aumento da expectativa de vida das populações, voltou a dizer que sua equipe técnica avalia a possibilidade de revisão do fator previdenciário.
"Eu acho que a gente precisava ter uma reforma da previdência que criasse uma previdência sustentável, que não fizesse ações isoladas, como foi exatamente a engenhoca do fator previdenciário que é uma ação isolada que gera uma distorção", disse o candidato em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews exibida nesta terça-feira.
O fator previdenciário - mecanismo usado no cálculo das aposentadorias - foi criado ainda no início dos anos 2000 para tentar evitar aposentadorias precoces, mas tem suscitado críticas. Apesar disso, sua extinção pode ter grande impacto nas contas públicas. "A revisão do fator previdenciário, que é reivindicado... nós estamos discutindo", disse o presidenciável.
O candidato, que ocupa o terceiro lugar nas pesquisas com cerca de 10% das intenções de voto, demonstrou otimismo quanto a sua colocação nas sondagens e disse acreditar que ainda irá crescer à medida que a campanha se intensifica. "A eleição está começando, na verdade as pessoas estão bem distantes ainda da eleição", afirmou.
Campos negou ainda que tenha conversado com sua vice, a ex-senadora Marina Silva, sobre a possibilidade de inverterem os papéis na chapa. Em outubro do ano passado, Marina filiou-se ao PSB ao ter fracassada sua tentativa de criar um partido político para concorrer ao Planalto.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos