O candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira que todos os partidos brasileiros gostariam de ter o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, no seu quadro. Porém, enfatizou que a aproximação com o magistrado só deverá ocorrer após ele deixar o Supremo. Em novembro de 2013, o deputado federal e ex-atacante Romário usou as redes sociais para convidar o ministro Joaquim Barbosa para filiar-se ao PSB.
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"O ministro Joaquim Barbosa teve um desempenho no judiciário brasileiro que tem o respeito do País. Enquanto ele está ministro da Suprema Corte, não caberia um convite para que ele se filiasse a um partido político porque é incompatível. Tenho certeza que todos os partidos do Brasil que prezam a Justiça e a democracia gostariam de ter um brasileiro com a história de vida de Joaquim Barbosa", enfatizou Eduardo Campos.
Ele disse que é preciso esperar também a manifestação do desejo do presidente do STF de ingressar em um partido. "No caso de ele pensar em se filiar, com certeza nos teremos amigos em comum que vão aproximá-lo do nosso partido", disse. O candidato à presidência lembrou que a aposentadoria de Barbosa perto de deixar a presidência não é uma novidade, mas uma decisão que já estava previamente anunciada.
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, ganhou destaque no País desde 2012, ao atuar como relator do processo do mensalão do PT
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
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Ele representa um marco histórico como primeiro presidente negro da corte, mas também é conhecido pelo temperamento forte, o que fez com que se envolvesse em polêmicas com políticos, jornalistas e bate-bocas com colegas do tribunal
Foto: SCO / STF
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Mineiro de Paracatu, Joaquim Barbosa chegou ao Supremo em 2003, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: SCO / STF
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Por ironia do destino, sua cadeira na Corte foi negociada pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de poderosos em Brasília, inclusive do publicitário Duda Mendonça, réu no processo do mensalão. Kakay levou o nome de Barbosa a ninguém menos que José Dirceu, a quem o ministro condenou por corrupção ativa pelo envolvimento no esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do governo Lula
Foto: Carlos Humberto / STF
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Barbosa é o primogênito de oito filhos de um pai pedreiro e uma mãe dona de casa
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom
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Aos 16 anos foi para Brasília, arranjou emprego na gráfica de um jornal e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público
Foto: José Cruz
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Obteve o bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, fez mestrado em Direito do Estado
Foto: Wilson Dias
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Prestou concurso público e foi aprovado para o cargo de procurador da República, durante a gestão do ex-ministro Sepúlveda Pertence como procurador-geral da República
Foto: AFP
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Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II em 1990 e seu doutorado em Direito Público pela mesma universidade em 1993
Foto: Gabriela Biló
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Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Foto: José Cruz
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É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
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Joaquim Barbosa toca piano e violino desde os 16 anos de idade, mas não pode mais exercer sua grande paixão, o futebol, por causa de uma sacroileíte, uma inflamação na base da coluna que o obriga a revezar cadeiras no plenário para suportar as dores
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
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O ministro passa a maior parte das sessões em pé e movimentando-se ou recostado sobre à cadeira