O presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), foi bastante criticado durante o 5º Congresso Nacional do PT, que terminou no sábado, em Salvador (BA). Militantes gritaram palavras de ordem contra Cunha, apesar de o partido descartar um rompimento com o PMDB. No Twitter, Eduardo Cunha ironizou as críticas, dizendo que isso mostra que ele “está no caminho certo”. “Ficaria preocupado se fosse aplaudido lá”, completou o deputado.
Quero agradecer as manifestações de hostilidade no congresso do PT.Isso e sinal que estou no caminho certo
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
13 junho 2015
Neste domingo, também por meio da rede social, o presidente da Câmara afirmou que o "PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente" e que "essa aliança não se repetirá". Sobre o PT descartar o rompimento da aliança, Cunha disse que seria melhor que "tivesse sido aprovado", completando com: "não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte".
O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei ao Estadao que essa aliança não se repetira
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
14 junho 2015
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"No momento temos compromisso com o país e a estabilidade, mas isso não quer dizer que vamos nos submeter a humilhação do PT", disse.
Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso o fim da aliança e não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
14 junho 2015
Apesar das criticas ao PMDB durante o evento em Salvador, o fim da aliança com o partido do vice-presidente da República, Michel Temer, que estava na pauta dos congressistas do PT, foi rejeitado na resolução final.
Lideranças petistas refutaram o rompimento com o partido em nome da “governabilidade”. “Não podemos levar o governo Dilma para o isolamento no Congresso”, destacou o líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimaraes. Os delegados retiraram da versão referendada trecho que considerava como ‘esgotado’ o presidencialismo de coalizão e classificava o PMDB como ‘sabotador do governo’.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu o diálogo e negociações com partidos da base aliada. “Um trabalho de costura das lideranças, da presidente, é para procurar dar estabilidade para o nosso governo. Nesse processo há contradições e oposições. Há, no PT, manifestações, mas não há condições nem propósito de romper aliança com parceiros que integraram a nossa coligação. Defendemos o diálogo e a negociação política”, afirmou.