A juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, determinou o afastamento do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, da presidência do PSDB. O partido afirmou que aguardará a notificação para recorrer da decisão. Leite terá um prazo de 30 dias para convocar uma convenção para eleger uma nova Executiva.
Em consequência da decisão, a atual Comissão Executiva, formada em fevereiro deste ano, e que tem dois governadores do partido, Raquel Lyra de Pernambuco e Eduardo Riedel do Mato Grosso do Sul como vice-presidentes, será dissolvida.
A ação que afastou o governador gaúcho do comando tucano é de autoria do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando. Ele argumentou que Leite deveria ter deixado o cargo em 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu.
O PSDB defendeu que a decisão de prorrogar o mandato da direção executiva foi tomada por unanimidade, e que o próprio Orlando Morando concordou com a votação e foi beneficiado pela prorrogação. Contudo, a Justiça refutou esse argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite permaneceria como presidente do PSDB até novembro, não fosse a decisão desta segunda-feira (11).
