Pré-candidato à reeleição, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 4, que a eleição paulista não é um reflexo da disputa nacional que, como mostram as pesquisas eleitorais, está polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"A eleição de São Paulo não é um espelho da eleição nacional. O paulista tem valores e princípios que defende há muitos anos. São Paulo sempre manteve a sua independência, a sua autonomia, que é o segredo de um estado forte. Eu tenho muita convicção que São Paulo não vai servir a projeto político de A ou B. São Paulo tem que servir os paulistas", disse Garcia em entrevista à Roda Vida.
Como mostrou o Estadão, as campanhas de Fernando Haddad (PT), apoiado por Lula, e de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem Bolsonaro como padrinho, vão investir na nacionalização da disputa pelo governo paulista como forma de garantir vaga no segundo turno e evitar o avanço de Garcia.
O mais recente levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira, 30, mostrou o petista lidera a disputa com 34% das intenções de voto, seguido por Tarcísio e Garcia empatados com 13%. Esse cenário não considerou a pré-candidatura do ex-governador Márcio França (PSB), que pretende trocar a disputa do Executivo nacional pelo Senado Federal.
Terceira via em São Paulo
Na entrevista, Garcia se definiu como 'terceira via' paulista. "Eu represento essa terceira via em São Paulo, portanto não tem sentido eu me alinhar a essa polarização (Lula-Bolsonaro). Eu sou contra a polarização", disse.
O governador afirmou que, a nível nacional, irá defender a candidatura que o PSDB apoiar, no caso, a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Garcia, entretanto, afirmou que tem conversado com o também pré-candidato, Luciano Bivar (União Brasil).