As eleições de 2024 não ficarão marcadas apenas pelas novas formas de fazer campanha ou pelos reiterados casos de violência política, mas também pelo número de pesquisas eleitorais realizadas — necessárias para compreender o complexo cenário eleitoral que se formou — e os valores investidos nelas.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que este pleito registrou o maior investimento em sondagens eleitorais municipais na série histórica iniciada em 2012, totalizando R$ 124,3 milhões até a última sexta-feira, 27.
Esse valor só fica atrás do das eleições gerais de 2022, quando foram investidos R$ 142,8 milhões nos levantamentos.
O número também supera o de levantamentos contratados: foram 11.440 até sexta — e, faltando uma semana para as eleições, esse total ainda pode subir.
Os contratantes vão de grandes veículos de comunicação a pessoas físicas, passando por partidos políticos, empresas de publicidade, de engenharia e instituições financeiras. Figuram no topo da lista dos maiores investidores os meios de comunicação como a Rede Globo e a Folha de S. Paulo, que costumam divulgar com frequência pesquisas durante a corrida eleitoral.
Entre as legendas está o Partido Liberal (PL), que já investiu pouco mais de R$ 1 milhão em 26 pesquisas, seguido pelo Partido Social Democrático (PSD) e pelo diretório mineiro do Mobiliza, que já contrataram, até sexta-feira, 73 sondagens por R$ 389 mil e 8 levantamentos por R$ 207,9 mil, respectivamente.
A maior parte das mais de 11 mil pesquisas feitas aconteceram no Estado de São Paulo, com 1.422 levantamentos. O número representa 12% do total. Na sequência vêm Goiás, com 1.005 e Minas Gerais, com 806. Roraima, Amapá e Acre têm os menores números, com 16, 40 e 60 levantamentos realizados em cada Estado, respectivamente.