Elon Musk criticou o ministro do STF, Alexandre Moraes, por suposta censura no Brasil. Musk se denomina como um "absolutista da liberdade de expressão", mas a organização CCDH mostrou que houve um aumento de desinformação e discurso de ódio no X desde que o bilionário assumiu seu controle.
O bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), deixou um comentário em uma publicação feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, na plataforma. A resposta de Musk foi dada neste sábado, 6, mas o post de Moraes é de janeiro deste ano.
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Na ocasião, em 11 de janeiro, o ministro da suprema Corte parabenizava Ricardo Lewandowski pelo novo cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, do governo federal.
"Parabéns ao Ministro Ricardo Lewandowski pelo novo e honroso cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública. Magistrado exemplar, brilhante jurista, professor respeitado e, acima de tudo, uma pessoa com espírito público incomparável e preparada para esse novo desafio. Desejo muito sucesso", escreveu Moraes na ocasião.
Quase três meses depois, Musk usou o post para acusar Moraes de censura. "Por que você promove tanta censura no Brasil?", perguntou o bilionário, em tradução livre.
Musk e a liberdade de expressão
Desde que comprou o Twitter, Elon Musk tem se envolvido em polêmicas pela forma como gerencia a rede social. Ele se denomina como um "absolutista da liberdade de expressão", mas organizações questionam até que ponto informações sem checagem ou teorias da conspiração podem ser vistas como liberdade de expressão.
A ONG internacional Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH) denunciou que houve um aumento de desinformação e discurso de ódio na rede social desde que Musk assumiu seu comando. Uma pesquisa feita pelo grupo mostrou que o X falhou em agir contra 99% dos posts com discurso de ódio publicados por assinantes da plataforma, não apenas permitindo os tuítes problemáticos como também impulsionando ele.
Posts e contas com conteúdo de ódio, incluindo racismo, homofobia, neonazismo e antissemitismo denunciadas pelo grupo permaneceram ativas.