Em ato com Boulos, Alckmin diz que Nunes quebrou governo para vencer a eleição: 'Esse ano vai piorar'

Vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) participou, nesta terça-feira, de evento em apoio ao candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL); agenda de campanha também contou com a presença de outros políticos, como o ministro do Empreendedorismo, Márcio França

22 out 2024 - 22h52

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) criticou, nesta terça-feira, 22, a gestão fiscal do atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), afirmando que o emedebista quebrou o governo para tentar vencer a eleição na capital paulista. As declarações foram feitas durante um evento de apoio a Guilherme Boulos (PSOL), realizado na região central da cidade.

"Em 2021, a prefeitura fez mais de 3 bilhões de superávit primário. Em 2022, já caiu para R$ 1,5 bilhão. No ano passado, fez mais de 6 bilhões de déficit primário. E esse ano vai ser pior ainda... Esse ano vai piorar. Quebrar governo para tentar ganhar eleição é subestimar a inteligência e a capacidade de julgamento das pessoas", disse Alckmin.

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Guilherme Boulos discursa em ato com vice-presidente Geraldo Alckmin em São Paulo
Guilherme Boulos discursa em ato com vice-presidente Geraldo Alckmin em São Paulo
Foto: Hugo Henud/Estadão / Estadão

Alckmin oficializou seu apoio a Boulos no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo dois dias após o resultado do primeiro turno, ao postar uma foto ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do candidato do PSOL, com a legenda: "Ao lado do presidente Lula, por São Paulo e com Guilherme Boulos."

No primeiro turno, Alckmin havia apoiado sua correligionária Tabata Amaral, que terminou em 4º lugar com 9,91% dos votos. Tabata foi convidada para o evento de apoio a Boulos, mas não compareceu. Embora tenha declarado apoio ao candidato do PSOL, ela já havia sinalizado que não participaria ativamente de sua campanha.

Denominado "Agora É Boulos da Frente Ampla", o evento busca replicar a imagem da frente ampla que apoiou Lula nas eleições presidenciais de 2022. No entanto, diferentemente da coligação construída pelo petista, Boulos não conseguiu atrair o apoio de partidos fora do espectro da esquerda.

Ao Estadão, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), um dos organizadores do evento, afirmou que o ato demonstra como Boulos conseguiu reunir nomes de diferentes campos políticos em prol de sua candidatura.

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"Estamos construindo, com esse ato, uma frente ampla, de diversos segmentos, não só políticos como também culturais, além de nomes fortes da sociedade civil", disse.

Participaram do evento o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), a vice na chapa de Boulos, Marta Suplicy (PT), o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu, entre outros políticos.

Mais cedo, Alckmin também esteve com Boulos em uma lanchonete na região central de São Paulo. O encontro não constava na agenda oficial divulgada para a imprensa. De acordo com a assessoria do vice-presidente, a visita ocorreu devido a uma brecha na agenda.

A equipe de Boulos avalia que Alckmin, ex-governador de São Paulo por quatro mandatos, possui capital político e é bem avaliado entre o eleitorado paulistano, o que pode ajudar a atrair votos de indecisos e eleitores moderados, além de reduzir a rejeição ao candidato do PSOL.

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