O senador Lingbergh Farias (PT-RJ) está revoltado contra o PMDB, principal aliado do governo Dilma Rousseff e sigla que comanda a prefeitura do Rio de Janeiro. Desde que se lançou pré-candidato a governador do Estado, o petista vinha sendo alvo do “fogo amigo” do PMDB, que pretende tornar o vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o sucessor de Sérgio Cabral (PMDB). A briga tomou corpo e os golpes verbais deram lugar aos dossiês. A revista Época, a partir de documento obtido com o PMDB, fez um levantamento e obteve uma série de documentos com denúncias contra Lindbergh. Os papéis são de um inquérito que Lindbergh responde no Supremo Tribunal Federal (STF), com acusações de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro – relativas ao período em que foi prefeito de Nova Iguaçu, entre 2005 e 2010.
A investigação teve com obase depoimentos da ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu Elza Elena Barbosa Araújo. Ela disse que o senador montou um esquema de captação de propina entre empresas contratadas pelo município, cujo valor podia chegar a R$ 500 mil por contrato. O esquema ainda bancava as prestações de um apartamento da mãe de Lindbergh, num edifício em Brasília. O Ministério Público Eleitoral (MPE) considerou os depoimentos “homogêneos e ricos em detalhes”. Os peemedebistas reuniram outras acusações contra Lindbergh e o presidente do partido no Rio, Jorge Picciani, chamou Lindbergh de "covarde, moleque e carreirista". O senador decidiu que partirá para o contra-ataque, antecipando uma guerra eleitoral que deve ser intensa em 2014.