Em nota, Collor diz que buscas alimentam "clima de terror"

Senador disse ter se colocado à disposição e que operação tem por objetivo "intimidar futuras testemunhas"

14 jul 2015 - 11h57
(atualizado às 12h07)
Residências do ex-presidente passaram por operação de busca e apreensão
Residências do ex-presidente passaram por operação de busca e apreensão
Foto: Agência Senado

O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) chamou de invasivas e arbitrárias as buscas da Polícia Federal (PF) em suas residências nesta terça-feira. Segundo nota divulgada, a ação visa a “alimentar o clima de terror” para intimidar testemunhas.

Policiais federais e integrantes da Procuradoria Geral da República (PGR) cumpriram nesta manhã mandados em residências de Collor em Maceió e em Brasília. Também foram vasculhados outros endereços, como a sede da TV Gazeta, afiliada da Rede Globo que tem o ex-presidente como um de seus acionistas.

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Uma nota intitulada “repúdio veemente a uma operação aparatosa”, e publicada nas redes sociais de Collor, diz que a ação é desnecessária, já que os fatos investigados têm mais de dois anos. O texto alega que o senador tentou prestar esclarecimentos e critica o que chama de “Estado Policial”.  “Se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum.”

Leia a nota na íntegra:

REPÚDIO VEEMENTE A UMA OPERAÇÃO APARATOSA -

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A defesa do Senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos.

Ao contrário disso, por duas vezes o Senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas.

A medida invasiva traduz os tempos em que vivemos, em que o Estado Policial procura se impor ao menoscabo das garantias individuais seja do ex-Presidente, do Senador da República, ou do simples cidadão. Afinal, se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado.

Fonte: Terra
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